Corredor Verde: Equipamentos e Arranjos Exteriores da Plataforma à Superfície da Via-Férrea

A proposta visa garantir uma relação equilibrada entre o edificado e o espaço público, onde a complementaridade de espaços é incentivada. É promovida uma nova abordagem de planeamento para a cidade, instruída pela sustentabilidade, a qual assume que a qualidade de vida das populações das cidades aumenta proporcionalmente com o aumento de espaços verdes qualificados nas mesmas.
Desta forma é criado um contínuo verde de ligação entre as duas ribeiras, a norte e sul da cidade, ao mesmo tempo que fortalece uma ligação orgânica entre a malha urbana e a frente marítima. Não pretende apenas ser espaço de uma nova centralidade e vivência, mas também se desenha como um espaço com uma nova linguagem que cose e articula os novos elementos e a sua relação com o existente.
A identidade do lugar é agarrada por uma nova visão metodológica de intervenção, em que o contemporâneo se encontra numa relação equilibrada e de respeito pelos valores paisagístico e ecológico. É promovida a sensibilização pública com a criação de um Centro de Interpretação de Sustentabilidade Urbana e pelo próprio carácter do espaço.
Este conceito é ainda reforçado pela adopção de construção bioclimática e pelo uso de equipamentos para a produção de energias renováveis, responsáveis pelo abastecimento energético de uma parte considerável da área de intervenção.
A proposta é pontuada por esculturas pára-vento, elementos marcantes da proposta, que são inspiradas nos barcos da Arte Xávega, reforçando este valor cultural.