Confeitaria Lisboa

A remodelação desta confeitaria tem como premissa fundamental a criação de um espaço de identidade única enquadrado pela linguagem geral da marca e pelo contexto particular do local onde se encontra.
O edifício onde se insere surge enquadrado nos planos de urbanização da zona de expansão da cidade de Lisboa, que se começaram a desenhar ainda nos anos 40 do séc. XX. O projecto procura adequar-se ao carácter habitacional e familiar do Bairro; os materiais são por isso de baixo-custo, com apontamentos estratégicos e controlados de materiais nobres, ao mesmo tempo que cria uma relação directa com a arquitectura do edíficio e memória das confeitarias tradicionais da cidade.
Na zona de atendimento ao público propõem-se o uso da mármore de lioz no pavimento e lambrins, com destaque para o nicho de atendimento, em azulejo artesanal branco. A zona de fabrico será visível através de uma estrutura de latão e vidro, que se liga ao balcão de atendimento, em vidro dourado.
Na zona de fabrico optou-se pelo o uso de materiais que garantam a funcionalidade e limpeza do espaço e o baixo custo que se pretende da intervenção. Neste sentido, prevê-se o uso de azulejo industrial na cor branco cru nas paredes e de mosaico porcelânico mate no mesmo tom para os pavimentos.
Para a zona do vestíbulo e instalação sanitária recorre-se novamente ao azulejo artesanal, estabelecendo-se continuidade com a área de atendimento ao público através do pavimento em mármore. A escolha dos materiais para instalação sanitária remetem ainda para a linguagem característica utilizada nestas divisões nos edifícios dos anos 40/50, com friso de remate em azulejo preto a delinear o lambrim de azulejo branco.